Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24





quarta-feira, 24 de abril de 2013

JEJUM, uma bênção!

 
Abstinência ou abstenção total ou parcial de alimentação em determinados dias, por penitência ou prescrição religiosa ou médica.
(Dicionário Aurélio
 
 
 
Jejum é uma prática muito comum no meio religioso, todas as religiões existentes, cristãs ou não, usam desta forma de sacrifício para louvar as suas divindades.

Mas o que verdadeiramente é o jejum para os cristãos?
Uma simples abstinência de alimentos!
Não!
Infelizmente muitos têm olhado para o jejum como um fardo difícil de ser carregado e ignorado o verdadeiro sentido desta abstinência. Ficam sem alimentar-se por um período levado pelas circunstâncias (determinação da igreja ou algo semelhante), porém, não conseguem ver a grandeza deste ato de louvor ao Senhor. Infelizmente resumindo: Passam Fome!

Em Isaias 58.6,7 está escrito:

“Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?"

O Senhor está ensinando através de seu profeta, que o jejum deve envolver todo o nosso ser, a vontade é subjugada, a mente volta-se para Ele. São momentos nos quais devemos fechar a porta para a existência e abrir-nos totalmente para o Senhor. Longe de ser algo mecânico, ou encarado como uma obrigação, no entanto deve ser um ato que parte de nosso íntimo um reconhecimento da glória do Pai e do prazer em humilhar-se em sua presença.
Este ensino é dado ao povo escolhido desde os tempos dos reis, como uma prática agradável e que geralmente movia o coração do Senhor. Sua pratica era geralmente em situações difíceis, em que o socorro divino era indispensável.
Veja o exemplo de Davi:
“... Jejuou Davi e, ... passou a noite prostrado...” 2Sm 12.16

Vejamos alguns textos que nos leva a conhecer diversos momentos em que o jejum foi extremamente necessário. Jl 1.14, 2.12; 2Sm 1.12; Lc 5.33-35; Sl 35.13; Dn 6.18; Et 4.16; At 13.3, 14.23 etc

O jejum era uma prática comum entre os grandes servos do Senhor, pois sabiam que era uma forma de reabastecer-se, de renovar as forças para enfrentar as difíceis batalhas que tinham pela frente em seus ministérios e até mesmo na vida cotidiana.
Veja alguns exemplos:
Jesus: Mt 4.2;
Moisés: Ex 34.28;
Elias: 1Rs 19.8;
Paulo: 2 Co 11.27;
Cornélio: At 10.30;

Ana: Lc 2.37;
Davi: 2 m 12.16;
Neemias: Ne 1.4;
Ester: Et 4.16;
Daniel: Dn 9.3 entre outros.

O jejum também era feito coletivamente, praticado simultaneamente pela nação, numa cidade, pela igreja etc.
Leia os exemplos:

Nação: Israel Jz 20.6, Ed 8.21, Jr 36.9 etc;
Cidade: Ninivitas Jn 3.5-8;

Lideres: Apóstolos 2 Co 6.5;
Igreja: Primeiros Cristãos At 13.2

Apesar de ser uma prática comum no seio da igreja do Senhor, na Bíblia vemos poucos ensinamentos a respeito de como praticá-lo.
Em Mateus 6.16-18 vemos uma recomendação do Mestre em relação ao jejum:
“Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”

Infelizmente este precioso ensinamento dado por Cristo pouco tem sido observado nos dias atuais, nos quais vive-se muito a aparência. E passar uma imagem de crente praticante deste sacrifico coloca sobre as costas uma capa de santidade. E o que deveria ser em secreto, torna-se extremamente aparente, à semelhança do Fariseu que se exaltando dizia a todos: “Jejuo duas vezes por semana...” Lc 18.12

Nestes dias apocalípticos, a simplicidade da palavra já não tem lugar e muitos têm tentado explicar o inexplicável, e neste afã, inventaram diversas normas para a prática do jejum.
E cada Pastor, impõe as suas ovelhas formas predefinidas e até absurdas para sacrificar ao Senhor.
A palavra, porém, aponta para a voluntariedade é um pacto entre a pessoa e Deus; que nasce no coração, com o desejo de agradar ao Mestre. É uma forma de nos humilharmos em sua presença, clamando pela sua misericórdia ou demonstrando a nossa gratidão pelo seu amor.

Estava em Porto Seguro - BA, e por estar com a Bíblia na mão, aproximou-se um jovem crente. Começamos a conversar sobre as coisas espirituais e ele confidenciou-me que estava em jejum e por determinação do pastor, nem mesmo a saliva poderia engolir.
Uma irmã contou-me, que para um verdadeiro jejum, teria que ficar em casa, orando e lendo a Bíblia e não poderia conciliar trabalho e jejum.

E como estes exemplos radicais, há muitos outros.

Ditar normas e formas de sacrificar ao Senhor é colocar fardos pesados sobre as pessoas e muitos são induzidos ao erro.
E isto é andar em sentido contrário, pois Cristo veio tirar os fardos pesados difíceis de serem carregados, no entanto, muitos chamados homens de Deus, fazem questão de colocá-los sobre os ombros das ovelhas.
O que deveria verdadeiramente ser ensinado e cobrado pelos pastores era a condição única de santificar-se, deixando o pecado e de voluntariamente chegar-se diante do Pai e fazer um pacto de sacrifício.

Na prática do Jejum é indispensável: A) Leitura da Palavra - Meditar nos ensinamentos, vivenciá-los
B) Oração - Jejum sem oração, não é jejum! Deve-se esta em oração constante!

E para orarmos, só precisamos de vontade. Ora-se: andando pelas ruas; dirigindo; em casa;trabalhando; no metrô, trem ou ônibus; enfim em todos os lugares!
Orar é falar com Deus, como ele conhece nossos pensamentos, não há necessidade de sairmos pelas ruas clamando em voz alta. É só você e Deus! Ele te ouvirá. C) Estar em Espírito - É viver com a mente voltada para os céus, ligado nas coisas espirituais. É uma condição de vida para todos os Servos do Senhor, em tempos de jejum ou não.
“ Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” Sl 51.17

Quanto à forma de jejuar, esta depende do mover do Espírito Santo ou de sua própria opção, cito alguns exemplos:
a) Ficar por um período sem alimentar-se: 12, 24 ou mais horas.
b) Excluir da alimentação por um período pré-estabelecido algum item.
Exemplo: Carne, refrigerantes, doces, etc.
c) Não se alimentar com produtos fermentados.
d) Alimentar-se só com raízes.
e) Alimentar-se apenas com líquidos por um tempo determinado.
f)
Faça segundo o teu coração com o objetivo principal de honrar ao Senhor.

No Jejum, temos que afrontar a carne, lutar contra ela, humilhá-la, ir contra nossa própria vontade. Portanto é inconcebível que alguém venha oferecer um sacrifício que não vá doer na carne. Por exemplo:
Querer excluir da alimentação o refrigerante por um período, quando normalmente você bebe esporadicamente.
Certamente será em vão!

É Preciso ir contra a carne! Afrontá-la!

“Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.” Rm 14.6-9

E assim deve ser o nosso viver, tudo quanto façamos, que seja feito no Senhor.

Consulte mais sobre jejum, veja os textos: 1Rs 21.9; 2 Cr 20.3; Ed 8.21; Sl 35.13, 69.10; Jr 36.6; Dn 6.18, 9.3; Jl 1.14, 2.15; Jn 3.5; Zc 8.19; Mt 15.32, 17.21; Mc 8.3; Lc 2.37; At 14.23, 27.9; 2 Co 6.5, 11.27
 

Estudo jejum e guerra espiritual Com Pastor Adiano 

 


 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O Coração

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida. Provérbios 4:23

Introdução: A bíblia diz que o coração é o centro direto da atividade humana, quando diz “dele procedem as saídas da vida”. O coração pode ser considerado como algo que abrange a totalidade do nosso intelecto, emoção e vontade.


I – O CORAÇÃO É O CENTRO DO INTELECTO:
 
Salmo 19:14 – Sejam agradáveis as palavras..meu coração;
Salmo 119:11 – No coração está escondida a Palavra de Deus;
Romanos 10:9 – O coração tem a capacidade de crer.
 
II – O CORAÇÃO É O CENTRO DAS EMOÇÕES:
 
Êxodo 4:14 – Um coração alegre;
Deuteronômio 6:5 – Um coração amoroso;
Josué 5:1 – Um coração medroso;
Salmo 27:14 – Um coração corajoso;
Salmo 51:17 – Um coração arrependido;
Isaías 57:15 – Um coração avivado;
Mateus 4:29 – Um coração humilde.

III – O CORAÇÃO É O CENTRO DA VONTADE HUMANA:

Êxodo 4:21 – O coração endurecido recusa a fazer o que Deus ordena;
Josué 24:23 – Um coração submisso a Deus;
II Cronicas 6:7 – O coração que decide fazer algo para Deus.

COMENTÁRIOS: O Que você compreende que e um coração espirital, como está o seu coração?

Curiosidades sobre o coração humano

– Em repouso, uma pessoa tem o sangue bombeado pelo coração, por todo corpo, em aproximadamente 50 segundos e faz de 70 a 85 batimentos por minuto. Em atividade física, pode chegar entre 120 e 140 batimentos por minuto. Por dia um coração adulto bate cerca de 100 mil vezes e bombeia cerca de 7.500 litros de sangue por dia, para quem viveu 80 anos bateu mais de 3,5 bilhões de vezes.

Conclusão: O coração pode nos enganar – Jeremias 17:9, porém se tivermos a mente de Cristo – I Coríntios 2:16, então nosso coração será puro, se iluminarmos nosso corpo com bons olhos então nosso corpo será limpo – Lucas 2:30, Efésios 1:8, Mateus 6:23, e também precisamos estar atentos em guardarmos o nosso coração, porque dele procedem as saídas da vida - Marcos 7:21-23. Precisamos proteger nosso coração da contaminação, avareza, impureza, afeições extravagantes ou extremas, idolatria, Efésios 3:5, II Coríntios 9:5, Colossenses 3:5.
Autor: Pastor Virgílio Souza Silveira

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Palavra de Deus: Nosso Guarda e Guia


 
O homem frutífero do Salmo 1 medita na Palavra de Deus "de dia e de noite", não por um sentido de obrigação, mas porque tem nela o seu "prazer". Em sua mente e em seu coração, continuamente, a Palavra de Deus o guarda e o guia. Como isso é essencial! Lógica e bom senso são úteis. No entanto, sem a Palavra de Deus (que transcende a sabedoria humana) para nos guardar e guiar, somos suscetíveis a tentações e a erros, especialmente quando esses últimos são apresentados convincentemente "em nome de Deus" por aqueles que são respeitados como líderes cristãos.

Deus opera por meio de Sua Palavra: "A palavra que sair da minha boca, não voltará para mim vazia" (Is 55.11a); "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti" (Sl 119.11). E Satanás opera para remover a Palavra de Deus do coração do homem: "...vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração" (Mt 13.19). Quando isso lhe é vantajoso, Satanás cita as Escrituras (Mt 4.6) e tenta pervertê-las com o propósito de enganar. Ele inspira os falsos profetas com "novas revelações" que subvertem a Palavra. Temos muitos desses "profetas" na Igreja hoje em dia.

Advertência Sobre os Falsos Profetas

A Palavra de Deus repetidas vezes adverte contra falsos profetas. Precisamos dar ouvidos a essas advertências. Jesus mesmo disse: "Acautelai-vos dos falsos profetas" (Mt 7.15). "Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos... operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos" (Mt 24.11,24).
Cristo avisa claramente sobre um movimento de falsos sinais e maravilhas nos últimos dias, promovido pelos falsos profetas. Paulo compara esses falsos profetas a Janes e Jambres, que se opuseram a Moisés e Arão (2 Tm 3.8) com sinais e maravilhas operados pelo poder de Satanás.

Pedro advertiu que assim como houve falsos profetas no tempo do Antigo Testamento, "assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras..." (2 Pe 2.1). O apóstolo João declarou que já em seus dias "muitos falsos profetas têm saído pelo mundo" (1 Jo 4.1).

Quanto mais, portanto, deveríamos nós estar alertas quanto aos falsos profetas à medida que a apostasia profetizada para os últimos dias atinge o seu clímax, preparando o mundo e uma falsa igreja para a chegada do Anticristo!  
Conhecer, amar e obedecer à Palavra de Deus é o único meio seguro de não sermos enganados.

Qualquer uma das seis marcas dos falsos profetas que a Bíblia oferece serve como identificação suficiente:

 (1) por meio de sinais e maravilhas eles desviam pessoas para servirem a deuses falsos (Dt 13.1-4);

 (2) suas profecias não se realizam (Dt 18.20-22);

(3) eles contradizem a Palavra de Deus (Is 8.20);

 (4) eles produzem maus frutos (Mt 7.18-20);

 (5) todos falam bem deles (Lc 6.26);

(6) eles negam que Jesus, o único Messias, veio de uma vez por todas na carne (1 Jo 4.3).

Como é trágico que a carta pessoal de amor e orientação de Deus para Seu povo seja tão negligenciada hoje por aqueles que se chamam crentes! Muitos que professam conhecer a Deus e servi-lO têm pouca ou nenhuma sede por Sua Palavra. Em vez disso, buscam sinais e maravilhas, experiências emocionais, novas revelações, o último "mover" do Espírito, ou os dons em lugar do Doador. Como resultado, são suscetíveis a todo "vento de doutrina" (Ef 4.14) e caem vítimas de falsos mestres que "...movidos por avareza, farão comércio de vós com palavras fictícias..." (2 Pe 2.3), "supondo que a piedade é fonte de lucro" (1 Tm 6.5).

A mentira popular da "semente de fé" – a idéia de que uma contribuição para um ministério abre a porta para milagres e prosperidade – engana e promove cobiça entre os milhões que ignoram a Palavra de Deus.

O cumprimento das profecias bíblicas é a grande prova da existência de Deus, de que a Bíblia é Sua Palavra, e de que Jesus Cristo é o Salvador prometido. As falsas profecias de muitos dos atuais líderes cristãos são um sinal de alarme estridente. É preciso ouvi-lo! A maior parte das seitas se baseia em falsas profecias que, se apontadas, oferecem uma maneira eficaz de abrir olhos cegos e libertar os membros de tais seitas.

Os Falsos Profetas no Decorrer da História

Entre os falsos profetas das muitas eras da História se encontram vários papas. Como exemplo, a encíclica papal de Gregório XI em 1372 (In Coena Domini) pronunciou o domínio papal sobre todo o mundo cristão, secular e religioso, e decretou a excomunhão para todos que não obedecessem ao papa e não lhe pagassem impostos. In Coena foi confirmada por papas subseqüentes, e em 1568, o papa Pio V jurou que ela deveria permanecer como lei eterna. No entanto, em 1870, dois meses depois do Vaticano pronunciar o dogma da infalibilidade papal, Roma foi libertada do domínio do papa pelo exército italiano, e o papa Pio IX se refugiou no Vaticano, tudo que restara de um vasto império.

Imitando os papas, Sun Myung Moon, da Igreja da Unificação, profetizou décadas atrás que ele iria conquistar o mundo. Maharishi Mahesh Yogi, fundador do movimento de Meditação Transcendental, declarou que 1975 seria o primeiro ano da "Era da Iluminação", 1977 seria o "Ano da Sociedade Ideal", e 1978 seria o "Ano da Invencibilidade de Todas as Nações". Nenhum comentário precisa ser feito. Herbert W. Armstrong profetizou que a sua Igreja Mundial de Deus seria arrebatada para a antiga cidade de Petra em 1972 e que Cristo voltaria à Terra em 1975 (uma data favorita de muitas seitas). No final dos anos 70, Elijah Muhammad profetizou para seus seguidores muçulmanos negros que o retorno de Deus à América do Norte era iminente.

O mormonismo se vangloria de seus profetas – mas todos eles são falsos. Em 1833, o profeta fundador, Joseph Smith, profetizou que os Estados Unidos sofreriam vários desastres sem igual ("peste, granizo, fome e terremotos") que extirpariam os ímpios (não-mórmons) da terra, deixando os mórmons seguros em seu refúgio de Sião, em Missouri. Em vez disso, os mórmons emigraram (fugidos) para Utah. Entre as muitas outras profecias falsas de Smith está a declaração, feita em 1835, de que Cristo voltaria dentro de 56 anos, e que muitos dos que então viviam "não provariam a morte até que Cristo voltasse".[1] O sucessor de Smith, Brigham Young, profetizou que a guerra civil americana não produziria a libertação dos escravos.

As falsas profecias de Charles Taze Russell formaram a base do que viria a ser a Sociedade Torre de Vigia e a seita Testemunhas de Jeová. Russell declarou que a segunda vinda de Cristo tinha ocorrido invisivelmente em outubro de 1874, que o Senhor estava verdadeiramente presente, e que em 1914, os fiéis (os 144.000) seriam trasladados ao céu e os ímpios destruídos. Armagedom, que começara em 1874, culminaria em 1914 com a derrubada geral dos governantes da Terra e o fim do mundo. Charles T. Russell, ainda na terra, morreu em 1916.

No começo da década de 20, os Testemunhas de Jeová distribuíram nas ruas e de porta em porta um livro intitulado Millions Now Living Will Never Die (Milhões Hoje Vivos Jamais Morrerão). Foi profetizado: "O ano de 1925 é uma data definitiva e claramente marcada nas Escrituras, ainda mais clara que a de 1914... podemos esperar confiantemente que o ano de 1925 marcará o retorno de Abraão, Isaque e Jacó e dos fiéis profetas antigos... na condição de perfeição humana."[2] Os Testemunhas de Jeová chegaram a construir uma casa na cidade de San Diego, na qual os patriarcas deveriam morar, e tentaram passar a escritura em nome do Rei Davi. (A casa foi discretamente vendida em 1954.)

No começo dos anos 40, os Testemunhas de Jeová estavam afirmando que o Armagedom, que estava apenas há alguns meses adiante, colocaria um fim à Segunda Guerra Mundial, e que a derrota dos nazistas traria o reino de Deus à terra.[3] Seu livro Children (Filhos) sugeria que planos de casar e constituir família deveriam ser adiados até depois do Armagedom. Que longa espera! Sem desistir, profetizaram depois que o reino milenar de Deus começaria em 1975. Uma vez mais os Testemunhas de Jeová receberam ordens de não fazerem planos para este mundo, inclusive casar e ter filhos. Muitos abandonaram seus empregos, venderam suas casas e dedicaram-se a ir de porta em porta vendendo literatura e propagando a seita.

O Adventismo do Sétimo Dia (ASD) também se originou com falsas profecias sobre a volta de Jesus Cristo. Tudo começou com William Miller, que predisse que Cristo voltaria em 1843 (data que foi revisada para 22 de outubro de 1844). Miller admitiu seu erro. No entanto, a profetisa do ASD, Ellen G. White, que repetidas vezes endossara a profecia de Miller, insistiu que Cristo havia retornado de fato, mas não para a terra. Em vez disso, Ele havia entrado no "santo dos santos" no céu, "para fazer expiação por todos quantos se mostrassem merecedores dos seus benefícios."[4] Merecedores? Muitas citações podem ser fornecidas para provar que Ellen White ensinava a salvação pelas obras.

Eis aqui algumas:

Nossos atos, nossas palavras, até mesmo nossos motivos mais secretos, todos têm seu peso na decisão de nossos destinos... embora... esquecidos por nós, nossas obras darão seu testemunho de justificação ou condenação.

[5] Quando qualquer pessoa tiver pecados que permaneçam no livro de registros, pelos quais não se arrependeu e que não lhe foram perdoados, seus nomes serão apagados do livro da vida...

[6] Cada um de vós deve... trabalhar com toda força para redimir as falhas de sua vida passada. Deus vos colocou num mundo de sofrimento para vos provar, a fim de ver se sois dignos de receber o dom da vida eterna.

[7] Este ensino do "juízo investigativo" é a doutrina fundamental e a principal heresia do Adventismo do Sétimo Dia: que a expiação de Cristo não foi completada na cruz, mas que começou em 1844 no céu, e depende de nossas obras. De acordo com Ellen White, o sangue de Cristo, ao invés de fazer "expiação pela alma" (Lv 17.11) e de nos "purificar de todo o pecado" (1 Jo 1.7), levou o pecado ao céu: "Nossos pecados foram, de fato, transferidos para o santuário celestial pelo sangue de Cristo".

[8]  Assim Cristo tinha que começar a obra de purificar o santuário celestial (dos pecados que o Seu sangue levara até lá!) por meio do "juízo investigativo". Ellen White declarou que "ministros que não aceitassem essa mensagem salvadora estariam impedindo a obra de Deus" e que "o sangue das almas permanece sobre eles".

[9] Os seguidores de William Miller que adotaram esse engano se tornaram Adventistas do Sétimo Dia.
Ellen White fez várias profecias falsas: que "a antiga cidade de Jerusalém jamais seria reconstruída",

[10] que ela estaria viva por ocasião do Arrebatamento,[

11] que Cristo iria retornar antes da abolição da escravatura,

[12] que os Adventistas que estivessem vivos em 1856 estariam vivos por ocasião do Arrebatamento,[13] e muitas outras.

No entanto, seus escritos são reverenciados como se fossem parte da Escritura Sagrada. O décimo sétimo artigo das Crenças Fundamentais do Adventismo do Sétimo Dia afirma:
O Dom de Profecia: Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Esse dom é uma marca de identificação do remanescente fiel da Igreja e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como mensageira do Senhor, seus ensinos são uma fonte contínua e autorizada de verdade que suprem à igreja o consolo, a orientação, a instrução e a correção.

Profetas Modernos "Inexperientes"

Falsos profetas continuam entre nós e, muitas vezes, são vistos e ouvidos em programas de rádio e televisão evangélicos. Por exemplo, lá pelo fim de 1975, Kenneth Copeland profetizou: "Quando chegar o mês de janeiro [de 1976], vocês verão mais do derramar da glória de Deus do que em toda a história do mundo... membros amputados serão reimplantados pelo poder de Deus... instantaneamente... os cabelos de homens carecas crescerão e formarão uma farta cabeleira... globos oculares surgirão onde antes não existiam... Deus fará com que o seu automóvel... que faz quinze quilômetros com um litro de combustível, faça uma média de cem quilômetros por litro... o mesmo velho carro!" Essas são apenas algumas das falsas profecias de Copeland, para não falar de suas falsas doutrinas.

As falsas profecias e as "palavras de conhecimento" proferidas pelos associados de John Wimber e suas Igrejas Vineyard (da Vinha) encheriam vários volumes. O reavivamento das gargalhadas que se originou em Toronto e sua última variação (que se espalha como fogo no capim seco) em Brownsville, Pensacola (Flórida/EUA), produziu uma nova geração de falsos profetas. A falta de cumprimento é desculpada com a idéia de que os profetas de hoje são "diferentes" e erros são normais durante o processo de aprendizado, até que os profetas ganhem experiência. Imagine Jeremias dizendo: "Eu erro muitas vezes, mas estou melhorando"!

Benny Hinn é o mais popular dos televangelistas/operadores de milagres de hoje, e muitas de suas falsas profecias estão documentadas no livro The Confusing World of Benny Hinn (O Confuso Mundo de Benny Hinn). Em 31 de dezembro de 1989, Benny Hinn disse: "O Senhor também está me dizendo que por volta de 1994 ou 1995, mas não depois disso, Deus destruirá por fogo a comunidade homossexual americana... O Canadá experimentará um poderoso reavivamento que começará na Colúmbia Britânica, na costa oeste... nos próximos três anos." Basta uma falsa profecia para estabelecer alguém como falso profeta, e as de Benny Hinn são uma legião. Ele nem mesmo consegue dar seu testemunho correto. No livrete PTL Family Devotions (Devoções Familiares PTL) ele diz: "Eu fui salvo em Israel em 1968", mas numa mensagem de 1983, em Saint Louis, ele disse: "Foi no Canadá que eu nasci de novo, pouco depois de 1968". No entanto, no livro Bom Dia, Espírito Santo, ele afirma ter-se convertido em 1972, durante seu último ano no colegial. Mas ele abandonou a escola antes de chegar ao terceiro colegial. Afinal, quando é que ele foi salvo?

Obediência à Palavra

Por três anos, noite e dia, Paulo chorou e advertiu os presbíteros de Éfeso da apostasia que se aproximava e que alguns dentre eles seriam os seus líderes (At 20.29-31)! Como é pequena nossa preocupação com a condição espiritual da Igreja, quando comparada com a de Paulo! E qual foi o remédio que ele ofereceu? Não foi batalha espiritual, nem jejum e oração, mas obediência a Deus e à Sua Palavra: "Agora vos encomendo ao Senhor e à palavra da sua graça" (v. 32).

Há um grande movimento que promove "oração e jejum em busca de reavivamento". Isso soa tão bem! Mas os líderes desse movimento se recusam a dar ouvidos à Palavra de Deus, e promovem o ecumenismo e as heresias! Não precisamos desse tipo de reavivamento! Precisamos de arrependimento por não obedecermos à Palavra de Deus. Precisamos de reforma, não de reavivamento! Há ocasiões em que oração e jejum são errados. Depois da derrota em Ai, Deus disse a Josué que a oração era imprópria porque Israel tinha pecado (Js 7.10-13). Que tragédia experimentar um "reavivamento" liderado por falsos profetas que promovem falsas doutrinas!

Nem todos os Adventistas do Sétimo Dia abraçam as heresias de Ellen G. White. Oremos para que os líderes do Adventismo do Sétimo Dia admitam as falsas profecias de Ellen White e se arrependam de suas doutrinas erradas. Oremos para que líderes evangélicos enfrentem o fato de que suas fileiras estão cheias de falsos profetas. Oremos por um grande clamor contra doutrinas antibíblicas. Oremos para que os líderes evangélicos de hoje corrijam fielmente os falsos profetas.

E que o restante de nós sejamos fiéis em nossas pequenas esferas de influência. Que Deus nos ajude a amar a Sua Palavra, a meditar nela de dia e de noite, a obedecê-la em nossa vida diária, e a lutarmos firmemente contra a perversão dessa Palavra pelos falsos mestres e falsos profetas de nossos dias. Que Sua Palavra seja de fato, nosso guarda e guia!

Texto de:(Dave Hunt (1926-2013), TBC 3/97, traduzido por Carlos Osvaldo Pinto)

Notas:

  1. History of the Church (vol. 2), 182; (vol. 5) 336.
  2. "Millions Now Living Will Never Die", The Watchtower (15 de julho de 1924), 89.
  3. The Watchtower, dezembro de 1941.
  4. Ellen G. White, The Great Controversy, 480.
  5. Ibid., 486-490.
  6. Ibid., 483.
  7. Ellen G. White, Testimonies for the Church (vol. 3), 530.
  8. Ellen G. White, The Spirit of Prophecy (vol. 4), 266.
  9. Ellen G. White, Early Writings, 234.
  10. Ibid., 75.
  11. Ibid., 15-16.
  12. Ibid., 35, 276.
  13. Ellen White, Testimonies, 131-132.

Eu Serei Contigo

 
Sob uma máscara de terminologia cristã, uma variada gama de psicoterapias está assolando a Igreja, levando os crentes a afastarem-se de Deus e a voltarem-se para si mesmos. Dentre elas, as mais nocivas são as terapias regressivas, criadas para sondar o inconsciente do indivíduo à procura de lembranças escondidas que supostamente causam males que vão desde a depressão, os acessos de ira e até as más condutas sexuais, e por isso devem ser reveladas e "curadas". Estas ramificações de teorias freudianas e jungianas, baseadas no ocultismo e que há décadas vêm causando um impacto destrutivo na sociedade, estão agora fazendo estragos dentro da Igreja.
 
A "cura interior"
 
Uma forma popular de terapia de regressão é a chamada "cura interior", introduzida na Igreja pela ocultista Agnes Sanford (veja A Sedução do Cristianismo). Depois de sua morte, [essa terapia] foi levada avante pelos que foram influenciados por ela, tais como os terapeutas leigos Ruth Carter Stapleton (irmã do ex-presidente americano Jimmy Carter – N. R.), Rosalind Rinker, John e Paula Sandford, William Vaswig, Rita Bennett e outros. A cura interior, no início predominante entre igrejas carismáticas e liberais, espalhou-se amplamente nos círculos evangélicos, onde é praticada de forma mais sofisticada por psicólogos como David Seamonds, H. Norman Wright e James G. Friesen, e igualmente por terapeutas leigos como Fred e Florence Littauer. A insistência veemente dos Littauer de que rara é a pessoa "que pode dizer que verdadeiramente teve uma infância feliz", certamente condiciona seus aconselhados a recobrar memórias traumáticas e infelizes.
 
Mesmo que fosse possível, com precisão e segurança, deveríamos sondar o passado para trazer à tona memórias esquecidas? Notoriamente, a memória é enganosa e está a serviço do ego. É fácil persuadir alguém a "lembrar-se" de algo que jamais pode ter ocorrido. Pela sua própria natureza, tal como outras formas de psicoterapias, a cura interior cria falsas memórias. Além disso, por que deverá alguém revelar a lembrança de um abuso passado para que possa ter um bom relacionamento com Deus?
 Onde se encontra isto na Bíblia? Se parcelas do passado devem ser "lembradas", por que não cada detalhe? Essa tarefa se mostraria impossível. Entretanto, uma vez aceita esta teoria, jamais se terá certeza de que algum trauma não continue escondido no inconsciente – um trauma que detém a chave do bem-estar emocional e espiritual!
 
"...as coisas antigas já passaram..."
 
Contrastando com esta idéia, Paulo esquecia-se do passado e prosseguia para o prêmio prometido (Fp 3.13-14) a todos quantos amam a vinda de Cristo (2 Tm 4.7-8). As conseqüências do passado são insignificantes se os cristãos são verdadeiramente novas criaturas, para quem "as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17). Investigar o passado de alguém a fim de achar uma "explicação" para o seu comportamento atual choca-se com o ensino completo das Escrituras. Se bem que possa parecer uma ajuda por algum tempo, na realidade, está tirando da pessoa a solução bíblica através de Cristo. O que importa não é o passado, e sim o nosso relacionamento pessoal com Cristo agora.
 
Mesmo assim, muitas pessoas afirmam ter sido ajudadas pela terapia regressiva. Descobrir a "causa" em um trauma passado (seja real ou uma "memória" implantada por sugestão no processo terapêutico) pode produzir uma mudança de atitude e de comportamento por algum tempo. No entanto, mais cedo ou mais tarde, voltará a depressão ou a ira, a frustração ou a tentação, levando a pessoa a renovar a busca no passado para descobrir o trauma "chave" cuja lembrança ainda não foi revelada. E assim continuamente.
 
"Hiatos de memória"?
 
Em harmonia com o princípio freudiano de toda "cura interior", o livro Freeing your Mind from Memories that Bend (Libertando Sua Mente de Memórias que Aprisionam) de Fred e Florence Littauer apresenta a tese de que revelar as memórias ocultas é a chave para o bem-estar emocional e espiritual. Eles sugerem que quaisquer "hiatos de memória" da infância indicam a probabilidade de abuso (com grande possibilidade de ser na área sexual). Por esta definição, todos nós fomos abusados, pois a maioria de nós não se consegue lembrar de cada casa em que moramos, de cada escola onde estudamos, de cada professor e colega de aula, de cada passeio com a família quando éramos crianças. Ensinar que estes "hiatos de memória" indicam períodos de abuso encobertos na lembrança, como fazem os Littauer, é contrário ao senso comum, sem respaldo científico e sem apoio bíblico.
 
Quatro Temperamentos, Astrologia e Testes da Personalidade
 
Os Littauer, como tantos outros autores neste campo, baseiam sua abordagem nos chamados quatro temperamentos. Essa teoria sobre a personalidade, já há muito desacreditada, surgiu da antiga crença grega de que o universo físico era composto de quatro elementos: terra, ar, fogo e água. Empédocles relacionou-os com quatro divindades pagãs, enquanto Hipócrates associou-os aos que eram considerados, na época, os quatro humores do corpo: sangue (sangüíneo), fleuma (fleumático), bílis amarela (colérico) e bílis negra (melancólico). Estas características eram ligadas aos signos do zodíaco.
 
Apesar da falta de base científica para os quatro temperamentos, muitos psicólogos cristãos e "curadores" leigos, no entanto, confiam neles plenamente e fazem deles a base para "classificação da personalidade" e a chave para o discernimento comportamental. Contudo, como salientam Martin e Deidre Bobgan em seu excelente livro Four Temperaments, Astrology & Personality Testing (Quatro Temperamentos, Astrologia e Testes da Personalidade):
 
A palavra temperamento vem do latim temperamentum, que significava "combinação apropriada". A idéia era que se os fluidos corporais fossem temperados, isto é, reduzidos em sua intensidade contrabalançando os humores uns com os outros, então ocorreria a cura...
 
Pensava-se que até mesmo as posições dos vários planetas alteravam para melhor ou pior tais fluidos...
Os quatro temperamentos já tinham sido virtualmente descartados após a Idade Média... até que alguns extravagantes os descobriram no baú do passado e os colocaram no mercado na linguagem do século XX... [Recentemente] os temperamentos experimentaram um renascimento... entre astrólogos e cristãos evangélicos... Os quatro temperamentos são a parte da astrologia tornada palatável para os cristãos.
 
Versículos fora do contexto
 
Tal como outros psicólogos cristãos e praticantes leigos da cura interior, a teoria e prática dos Littauer não provêm de uma exegese cuidadosa das Escrituras, mas eles citam, de vez em quando, um versículo isolado na tentativa de dar aparência de apoio bíblico. Por exemplo, eles citam parte de um versículo – "Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos [do homem]" (Jr 17.10) – que aparece logo abaixo do título do segundo capítulo: "Examinando-nos a nós mesmos".
 
Na realidade, esse texto bíblico opõe-se à idéia de nos esquadrinharmos a nós mesmos. Somente Deus pode compreender e esquadrinhar os nossos corações. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração... para dar a cada um segundo... o fruto de suas ações" (Jr 17.9,10).
 
O contexto destes dois versículos desmente a aplicação feita não só pelos referidos autores, mas também por outros bem-intencionados "praticantes da cura interior". Deus amaldiçoa quem confia em qualquer outra coisa e abençoa aqueles que confiam exclusivamente nEle. Quanto a estes, segundo a Sua promessa, "serão como árvore plantada junto às águas, e [nunca] deixarão de dar fruto" (Jr 17.8). Uma vida frutífera (amor, alegria, paz, etc.) é produzida pela obra do Espírito de Deus na vida dos que submetem a Ele seus corações enganosos! Em lugar algum a Bíblia diz que fazer testes de personalidade e conhecer o "temperamento" de alguém ajuda Sua obra em nós.
 
Os Littauer têm extrema dificuldade em encontrar textos, ainda que remotamente apropriados, e por isso são forçados ao mau emprego da Bíblia. Tomando mais um exemplo, o capítulo intitulado "As Lembranças Mais Remotas" é iniciado com o versículo "Lembro-me destas coisas – e dentro de mim se me derrama a alma" (Sl 42.4). Davi, na realidade, nem se refere às suas "lembranças mais remotas", e sim às críticas e ao escárnio atuais que está sofrendo daqueles que "dizem continuamente [isto é, presentemente]: O teu Deus, onde está?"
 O versículo "Escreve num livro todas as palavras que eu disse" (Jr 30.2), é citado logo abaixo do título do capítulo "Pronto, Objetivo, Escreva". Este capítulo fala sobre "examinar o seu passado" e "anotar as suas emoções" – nada poderia estar mais distante de Jeremias escrevendo as Escrituras sob a inspiração do Espírito Santo!
 
Leão, castor, lontra e cão de caça?
 
Os autores mencionados são apenas um exemplo dentre um exército de praticantes da cura interior, quer sejam psicólogos cristãos ou cristãos leigos, os quais, embora possam ser sinceros, estão desviando milhões de cristãos. Gary Smalley e John Trent, sucessos de vendas na área de psicologia-pop, fortemente promovidos por James Dobson, apresentaram os seus próprios temperamentos, baseando-se em quatro tipos de animais: leão, castor, lontra e cão de caça!
 
Tipos de personalidade
 
Presumivelmente, descobre-se "o tipo de personalidade" ou "temperamento" de um indivíduo através de um teste do perfil da personalidade, tais como: Indicador do Tipo Myers-Briggs (ITMB), Análise do Temperamento Taylor-Johnson (ATTJ), Sistema do Perfil Pessoal (SPP), Teste do Perfil da Personalidade (TPP), Perfis Pessoais Bíblicos (PBB), etc. Os testes de personalidade, embora populares, são duvidosos.
 
 A personalidade humana com sua capacidade de escolha e um coração do qual Deus diz que é "mais enganoso do que todas as coisas" resistem às fórmulas predicativas e são por demais complexos para serem enquadrados em categorias. Até mesmo as classificações supostamente promissoras de pessoas como Personalidades do Tipo A (suscetíveis a ataques cardíacos), Tipo B (menos suscetíveis) e Personalidades Suscetíveis ao Câncer, etc., estão sendo rejeitadas pela impossibilidade de correlacionar cientificamente a doença com "o tipo de personalidade".
 
Um grande número de autores cristãos populares e palestrantes como o psicólogo H. Norman Wright e o analista financeiro Larry Burkett são os responsáveis pela promoção destes testes incorretos e nocivos. As teorias dos quatro temperamentos e da classificação da personalidade banalizam a alma e o espírito humanos e fornecem desculpas para um comportamento não-cristão. O foco está no eu, analisando-se as emoções, a personalidade e a infância da pessoa na tentativa de descobrir por que ela pensa e faz o que faz.
 
O foco em Deus, em Cristo e em Sua Palavra
 
Ao contrário, a Bíblia coloca o foco em Deus, em Cristo e em Sua Palavra, transferindo-o de nós para Ele, do passado para o serviço presente, e para a esperança da volta de Cristo. Ao invés de procurar identificar a personalidade e o temperamento, consultando sistemas especulativos relacionados à psicologia, astrologia e ocultismo, devemos deixar que nossos pensamentos e ações sejam governados pela suficiente e inerrante Palavra de Deus. A Sua promessa é que, se observarmos a doutrina em Sua Palavra, Ele dirigirá nossa vida através de "repreensão, correção e educação na justiça" (2 Tm 3.16).
 
Como resultado, homens e mulheres de Deus tornam-se maduros, aperfeiçoados e preparados para toda boa obra (v. 17). Pedro nos assegura que Deus "nos tem doado todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2 Pe 1.3). Jesus declara que aqueles que permanecem em obediência à Sua Palavra são Seus verdadeiros discípulos, que "conhecem a verdade" e a quem a verdade libertará (Jo 8.31-32). Somente os que duvidam de tais promessas ou não querem seguir o caminho da cruz voltam-se para teorias e terapias humanas.
 
Exemplos bíblicos
 
A Bíblia jamais faz alusão aos tipos de personalidade, nem classifica as pessoas segundo habilidades ou fraquezas como meio de identificar-lhes a capacidade e prognosticar-lhes o sucesso ou o fracasso na obra de Deus. Rejeitando a armadura de Saul, com apenas uma funda e cinco pedras, Davi subiu contra Golias, poderosamente armado, que aterrorizava todo o exército de Israel. Qual foi o segredo? "Eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos... Hoje mesmo, o Senhor te entregará nas minhas mãos" (1 Sm 17.45-46).
 
A confiança de Davi estava no Senhor e não em si próprio. Mesmo que Davi não fosse hábil na funda, Deus o capacitaria a acertar o alvo. Paulo chegou ao ponto de afirmar que Deus lhe dissera que o Seu poder se aperfeiçoava na fraqueza de Paulo. Daí sua declaração: "...quando sou franco, então, é que sou forte" (2 Co 12.10). Tais afirmativas refutam todo o fundamento lógico dos testes de personalidade, da identificação dos temperamentos, da auto-estima e do aumento do valor-próprio.
 
A Bíblia está repleta de exemplos de homens e mulheres odiados, abusados e renegados pelos seus próprios familiares – homens e mulheres solitários, sem amigos, faltos de talentos ou capacidade, mas que triunfaram nas maiores adversidades porque confiavam em Deus. Estes heróis e heroínas da fé desmentem a focalização no ego humanista e antibíblica, que é a base de todas as psicologias pop da cura interior. Moisés é apenas um exemplo dentre muitos outros.
 
O libertador Moisés
 
Quando Deus o chamou para ir ao Egito para libertar o Seu povo, Moisés alegou ser incapaz de tal missão e pediu-Lhe que escolhesse outra pessoa (Êx 3.11; 4.10-13). Por acaso Deus lhe aplicou algum teste de personalidade para mostrar que Moisés tinha aptidão? O Senhor tratou da frágil auto-estima de Moisés ou do seu baixíssimo valor-próprio? Ele lhe receitou a cura interior para libertá-lo das memórias encobertas por ter sido abandonado pelos seus pais e criado num lar adotivo, e da falta de identidade própria resultante disto? Foi-lhe ministrado um curso de auto-aperfeiçoamento, autoconfiança e sucesso? Pelo contrário, Deus lhe prometeu: "Eu serei contigo"!
 
O "aconselhamento" bem-intencionado daqueles que tentam ajudar os cristãos a se compreenderem pela focalização no eu, na realidade, está privando os aconselhados da presença e do poder divinos que Moisés experimentou. As forças e fraquezas humanas são irrelevantes neste caso.
 O que vale é se o poder do Espírito Santo de Deus é ou não manifesto na vida da pessoa. Muitos, se não a maioria dos personagens bíblicos, bem como dos heróis da fé mais recentes, desde os primeiros mártires até os grandes pioneiros missionários do século XIX, provavelmente falhariam nos atuais testes dos perfis de personalidade.
 
Na verdade, Deus não escolheu Moisés por sua elevada qualificação, mas por ser ele o homem mais manso na face da terra (Nm 12.3). Por que Deus escolheria tal pessoa para enfrentar Faraó, o mais poderoso imperador da época, no seu próprio palácio, para libertar Israel de suas garras? Ele o fez para ensinar os israelitas a confiar nEle e não em homens para seu livramento!
 
Os heróis da fé sem "terapias"
 
Jamais se encontra alusão de que José, Davi, Daniel, ou qualquer outro herói da fé precisasse de terapias como as que estão por aí, consideradas hoje tão vitais e eficazes. Foi quando Jó teve um vislumbre de Deus e disse: "Eu me abomino [odeio] e me arrependo no pó e na cinza" (Jó 42.6), que ele foi restaurado pelo Senhor. Foi também quando Isaías teve a visão de Deus e clamou: "Ai de mim! Estou perdido! (Is 6. 1-8) que Deus pôde usá-lo. Precisamos mudar o foco de nossa atenção, volvendo os olhos para o Senhor e não para nós mesmos.
 
Manifestação do poder de Deus em nossa fraqueza
 
Tenha sede de Deus! Procure conhecê-lO! O fruto do Espírito não vem como resultado de compreendermos a nós mesmos através do uso de técnicas ou análises humanistas, mesmo revestidas de linguagem bíblica, mas pela manifestação do poder do Espírito Santo em nossa fraqueza. Seja fraco o suficiente para que Ele possa usá-lo! (TBC 2/93, traduzido por David Oliveira Silva)
 
Texto de: Dave Hunt  (1926-2013).

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A Majestade de Deus na Criação e a Ecologia

Introdução

Um dos conceitos predominantes da filosofia grega clássica se referia ao dualismo entre matéria e espírito. Dentro desta compreensão da superioridade do espiritual, a matéria é má. Este dualismo influenciou até mesmo determinado grupo dentro da história do Cristianismo, denominado de Gnóstico, quanto à sua compreensão da Criação divina e da encarnação de Jesus Cristo.

No entanto, a fé cristã sustenta que tudo o que existe tem Deus como autor, que não somente cria algo externo a si mesmo (ele não se confunde com a matéria, nem é a matéria mera extensão sua), como também preserva por meio do seu poder.

A preservação é compreendida como aquela contínua operação do poder de Deus, pela qual ele sustenta e mantém todas as coisas contingentes - a Criação - a fim de que esta possa cumprir ordenadamente o propósito para a qual foi criada. Isto significa que a Criação de Deus não tem poder em si mesma para auto-existir; sem a sustentação de Deus o universo inteiro, toda criação deixaria de existir. "Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as cousas pela palavra do seu poder...."(Hb 1.3). A ideia de "sustentação" no texto,

( = "levar", "carregar"), além de preservação, é a de fazer com que as coisas sigam o seu rumo, o seu propósito determinado por Deus.

Isto nos conduz à nossa responsabilidade como agentes de Deus no cuidado e preservação do que ele mesmo nos confiou. A natureza tem o seu valor porque foi criada por Deus. Eu não preciso idealizar a natureza, humanizá-la ou divinizá-la; ela tem o seu próprio valor: O Deus sábio, soberano e bondoso a criou. Isto, por si só nos basta.





 
1. O Mundo Físico

O pecado, que consiste na quebra de relacionamento com Deus, trouxe ao ser humano diversas consequências. Entre elas a perda da sensibilidade espiritual. O ser humano perdeu a capacidade de reconhecer a Deus em seus atos manifestos em toda a Criação, na Palavra, e plenamente revelado em Cristo Jesus. A quebra desta comunhão com Deus vai interferir diretamente em todas as demais relações, inclusive em nossa maneira de ver e atuar no mundo.

O pecado alienou-nos de Deus, do nosso semelhante e da natureza. Assim, o pecado, de certa forma, desumanizou-nos. A Queda trouxe consequências desastrosas à imagem de Deus refletida no homem. Após a queda, mesmo o homem não regenerado continua sendo imagem e semelhança de Deus (aspecto metafísico): Apesar de o pecado ter sido devastador para o homem, Deus não apagou a sua "imagem", ainda que a tenha corrompido, alienando-o de Deus. O pecado trouxe como implicação a perda do aspecto ético da imagem de Deus. A nossa vontade, como agente de nosso intelecto, agora, é oposta à vontade de Deus. A imagem que agora refletimos estampa mais propriamente o caráter de Satanás.

No Éden só havia um livro: o livro da natureza; todavia, com o pecado humano, a natureza também sofreu as consequências, ficando obscurecida, perdendo parte da sua eloquência primeva em apontar para o seu Criador (Gn 3.17-19) e, como parte do castigo pelo pecado, o homem perdeu o discernimento espiritual para poder ver a glória de Deus manifesta na Criação (Sl 19.1; Rm 1.18-23). A Revelação Geral que fora adequada para as necessidades do homem no Éden - embora saibamos que ali também se deu a Revelação Especial (Gn 2.15-17,19,22; 3.8ss) - tornou-se, agora, incompleta e ineficiente para conduzir o homem a um relacionamento pessoal e consciente com Deus.

Todavia, mesmo a Criação sendo obscurecida pelo pecado humano, continua a revelar aspectos da natureza e do caráter de Deus.

A fé cristã fundamenta-se, porque foi por isso que ela se tornou possível, na existência de um Deus transcendente e pessoal que se revela, se comunica conosco. Sem a comunicação divina não haveria teísmo nem ateísmo, simplesmente jamais chegaríamos ao conceito de Deus ou à sua negação.

O Salmo 8 exalta a majestade do nome de Deus manifesta na Criação (1). É um hino que por meio do homem dignifica a majestade de Deus.

É possível que Davi tenha composto este Salmo na juventude, quando era apenas um pastor de ovelhas, quando as suas lutas eram bastante complexas na simplicidade de sua vida. Nesta fase de sua vida, certamente passava muitas noites dormindo ao relento, contemplando as estrelas no firmamento e refletindo sobre o poder de Deus. Esta mesma fé amadurecida pelas experiências com o Senhor o acompanhará. Outra ocasião provável é quando, um pouco mais maduro, já ungido rei, é foragido de Saul que queria matá-lo. Neste período teve oportunidade, ainda que com o coração angustiado,de experimentar a mesma sensação de ver e refletir sobre a imensidão do céu diante dos seus olhos(Sl 8.1,3).

O salmista contemplando parte da criação exulta demonstrando que em toda a terra o nome de Deus é exaltado. Ele ultrapassa a visão apenas local de Israel, para reconhecer que o testemunho de Deus na Criação se estende a toda a terra (1).

O salmista percebe que este reconhecimento da majestade de Deus só se tornou possível pela revelação de Deus na Criação: "Pois expuseste nos céus a tua majestade"(Sl 8.1).

No entanto, ele não se detém na criação, antes, vai além, reconhecendo a glória de Deus nela. No Salmo 19, Davi faz uma referência semelhante, de modo mais amplo (Sl 19.1-4).

Contudo, os homens, insensíveis à majestade de Deus, corrompidos em seus pecados, entregaram-se à idolatria (Rm 1.20-25).

A Criação, portanto, nos fala de Deus, de sua majestade e poder. É necessário que tenhamos nossos olhos abertos para contemplar a Deus por intermédio de suas obras. A confiança do salmista passava pela criação e repousava em Deus (Sl 121.1-3).

2. No Ser Humano

Argumentando de forma espacialmente dedutiva, faz uma pergunta retórica: "Que é o homem, que dele te lembres E o filho do homem, que o visites?" (Sl 8.4).

A sensação é de pequenez diante do vasto universo, do qual posso contemplar, ainda hoje, uma minúscula parte. O sistema solar é apenas um pequeno ponto no universo que conhecemos limitadamente.

Séculos depois, encontramos admiração semelhante entre os gregos. Todavia, a admiração dos gregos ao contemplar o universo, os conduziu em outra direção. Eles diziam que a admiração conduz o homem à filosofia. Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) estão acordes neste ponto. 1

Nestas reflexões surgem as explicações a respeito da origem da vida:

a) Tales de Mileto (c. 640-547 a.C.): Por meio do estudo doxográfico, sabemos que Tales, considerando a necessidade da água para a sobrevivência de tudo, afirmava ser a água a origem de todas as coisas (por rarefação e condensação), e a Terra flutuava como um navio sobre as águas 2. Os terremotos são explicados pelo movimento das águas (Dox.,1). Deus criou todas as coisas da água (Dox.,9). Plutarco atribuiu esta concepção aos egípcios. No que talvez ele tenha razão.

b) Anaximandro (c. 610-547 a.C.): Foi o primeiro a usar a palavra "princípio" (/). (Dox., 1). O princípio de todas as coisas é o "Ápeiron" ( = "sem fim", "ilimitado", "indeterminado", "indefinido"). (Dox.,1,2,6).

c) Anaxímenes (c. 585-528/525 a.C.): O Ar é o princípio de todas as coisas (Dox.,1-2); inclusive dos deuses e das coisas divinas; sendo o ar um deus (Dox.,3). O homem é ar, bem como a sua alma; esta nos sustenta e governa (Frag.,1; Dox.,5-6).

d) Heráclito de Éfeso (c. 540-480 a.C.): Todas as coisas provêm do fogo - que é eterno - e para lá retornarão (Frags.,30,31,90, Dox.,2).

Diferentemente, a admiração de Davi o conduziu a glorificar a Deus e, num ato subsequente, a indagar sobre o homem nesta vastidão da criação. A sua pergunta assume também uma conotação metafísica, não podendo ser respondida apenas a partir de um referencial material.

O salmista argumenta que na própria existência de uma criança sendo ainda amamentada, temos um testemunho da majestade de Deus que a gerou e que produz no seio materno o leite para que ela possa ser alimentada (Sl 8.2). O mesmo ocorre em sua sincera sensibilidade espiritual (Mt 21.15-16). Davi entende que só isso seria suficiente para calar os adversários ateus.

Ele reverentemente se admira do fato de Deus se lembrar de nós (Sl 8.4). Tendo o sentido de "prestar atenção", sustentar, cuidar. Admira-se também de Deus nos visitar. Que pode ter o sentido de passar em revista, observar (Êx 3.16), vir ao encontro. O significado no texto é de uma visita abençoadora e salvadora (Gn 21.1; 50.24-25/

Êx 13.19; Êx 4.31; Sl 17.3; 65.9; 80.15; 106.4).

"Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste" (Sl 8.5). Mais do que a imensidão do universo, o que realmente conta é o valor e a dignidade atribuída ao homem: Deus o criou à sua imagem. Ele tem características espirituais, intelectuais e morais semelhantes às de Deus, apenas em grau adequado à criatura finita. No entanto, isto se torna mais difícil de perceber devido ao pecado que ainda que não tenha aniquilado esta imagem, a deformou gravemente.

O nome aplicado a Deus pode referir-se, conforme interpreta Hebreus, aos seres angelicais (Hb 2.6-8). "Por um pouco" (5) parece significar "por pouco tempo", 3 ainda que não necessariamente. 4

A ideia básica, então, é que o homem após a queda foi colocado numa posição temporariamente abaixo dos anjos. Contudo, em Jesus Cristo temos a verdadeira restauração de nossa humanidade. Na ressurreição teremos novamente a imortalidade (Mt 22.30); participaremos efetivamente do juízo final (Mt 12.41-42; 19.28; 1Co 6.2-3; Ap 20.4). Estaremos para sempre com o Senhor; os anjos terão cumprido o seu papel (Hb 1.14). Todas as coisas estarão sujeitas ao Senhor (1Co 15.26-28).

O profeta Jeremias descreve a Criação como uma manifestação da sabedoria e inteligência de Deus (Jr 10.12/ Jó 36.22/Sl 139.14).

Se por um lado o homem partilha com os outros animais de uma identidade de criação (Ec 3.19,20), por outro, estabelece-se biblicamente uma grande distância entre o homem e o resto da criação porque fomos criados à imagem de Deus, por isso, somos seres pessoais como Deus é, temos uma personalidade que permite não nos limitarmos ao nosso corpo, embora este faça parte de nós e não lhe seja algo mau, inferior ou desprezível: a alma e o corpo são criações de Deus e, ele mesmo pelo seu poder ressuscitará o nosso corpo na vinda gloriosamente triunfante de Jesus Cristo. A ressurreição do corpo, por si só, é um indicativo relevante acerca da condição não desprezível da matéria.

O ser humano como criação secundária (em termos de ordem, não de importância), foi formado com maestria e habilidade de matéria previamente criada por Deus (Gn 3.19); entretanto, ele recebeu diretamente de Deus o fôlego da vida (Gn 2.7), passando ao mesmo tempo a ter uma origem terrena e celestial.

Ao ser humano foi conferido o poder de ir além da matéria, podendo raciocinar, estabelecer conexão e visualizar o invisível.

Ao homem, portanto, foi concedido o privilégio responsabilizador de raciocinar, escolher livremente o seu caminho de vida, verbalizar os seus pensamentos e emoções, podendo, assim, dialogar com o seu próximo (Gn 3.6) e com Deus (Gn 3.9-13), sendo entendido por ele e entendendo a sua vontade.

O ser humano tem autoconsciência: ele não se limita ao seu corpo; ele tem um corpo, mas não é simplesmente o seu corpo, como os animais inferiores o são. Curiosamente, o homem é o único ser que tem consciência da sua nudez. Paralelamente a isso, encontramos o homem no momento do nascimento, com certas desvantagens em relação aos outros animais, os quais já desde bem cedo aprendem a sobreviver sem a intervenção necessária de suas mães... Entretanto, estes animais não evoluem, não transformam, não modificam as suas "culturas".

Somente o ser humano tem a devida consciência da majestade de Deus revelada na Criação.

3. No Compartilhar de Seu Poder

"Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste" (Sl 8.6).

Deus compartilha com as suas criaturas o seu poder, ainda que não abrindo mão de sua soberania. O nosso domínio está sob o domínio de Deus.

Desde a criação o homem foi colocado numa posição acima das outras criaturas, cabendo-lhe o domínio sobre os outros seres criados, sendo abençoado por Deus com a capacidade de procriar-se (Gn 1.22).

Como indicativo da posição elevada em que o homem foi colocado, o Criador compartilha com ele - abençoando e capacitando-o - do poder de nomear os animais - envolvendo neste processo inteligência e não arbitrariedade - e também de dar nome à sua mulher (Gn 2.19,20,23; 3.20).

E mais: Deus delega-lhe poderes para cultivar ('abãr) (lavrar, servir) e guardar (shamãr) (proteger, vigiar) o jardim do Éden (Gn 2.15), demonstrando a sua relação de domínio, não de exploração e destruição, antes, um cuidado consciente, responsável e preservador da natureza (Sl 8.6-8).

Todavia, todas estas atividades envolvem o trabalho compartilhado por Deus com o ser humano. O nomear, procriar, dominar, guardar e cultivar refletem a graça providente e capacitante de Deus. É neste particular - domínio - que o homem foi bastante aproximado de Deus pelo poder que lhe foi conferido.

No entanto, ainda que isto seja demonstrado, especialmente pelo avanço da ciência, novos e novos desafios surgem. A plenitude deste domínio temos em Cristo Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Algo admirável neste salmo, é que o salmista em seu hino começa com Deus, glorificando o nome de Jeová

e conclui tornando a ele, testemunhando com júbilo a magnificência de seu nome em toda a terra (Sl 8.1,9).

Algumas Aplicações

Somente partindo de Deus poderemos ter uma visão correta da natureza e de nós mesmos. A visão significativa de nossa horizontalidade, depende fundamentalmente de uma compreensão correta de nossa verticalidade. A pergunta sobre o homem começa em Deus e termina em Deus. Somente a partir de uma visão correta de Deus podemos perceber a beleza da Criação como uma manifestação de sua bondade e poder. Deste modo, adquirimos uma ótica correta para enxergar a vida e o dinamismo necessário para agir de modo coerente com a nossa fé.

Cultivemos a sensibilidade para com Deus que nos permita enxergar a sua glória nas pequenas e grandes coisas criadas. Não nos detenhamos na natureza; toda natureza é um testemunho sobrenatural da majestade de Deus. Glorifiquemos a Deus tratando com honra e dignidade aquilo que ele nos confiou para guardar.

Temos de reconhecer a nossa intimidade e compromisso de obediência a este Deus majestoso: ele é o nosso Senhor (Sl 8.1,9).

O modelo do que Deus tem para nós encontra a sua perfeição em Cristo, Aquele que por causa de nosso pecado, motivado por sua graça inefável, se humilhou, assumindo a forma de servo, inferior aos anjos, para que, vencendo a morte, o pecado e satanás, pudesse trazer à tona o verdadeiro sentido da genuína humanidade (Hb 2.9).

A pergunta a respeito do que é o homem, encontra a resposta plena em Jesus Cristo, o verdadeiro e perfeito modelo de nossa humanidade.

Quando usamos adequadamente dos recursos que Deus nos confiou para dominar a terra, estamos cumprindo o papel da criação glorificando a Deus. É necessário, portanto, que glorifiquemos a Deus em nosso trabalho pela forma legítima como o executamos.

A natureza como a Criação em geral não pode ser considerada separadamente de Deus, pois deste modo ou ela torna-se o centro de todas as coisas (idolatria) ou, é menosprezada, tornando-se apenas um detalhe cósmico o qual o homem pode usar a seu bel-prazer com objetivos egoístas e, portanto, destruidores. Por isso, partilho do conceito de que é impossível uma genuína ecologia - "o estudo do equilíbrio das coisas vivas na natureza" 5 - divorciada da teologia bíblica. A questão "ecológica" é, antes de tudo, uma questão teológica.

A natureza tem valor não simplesmente por uma questão pragmática - a nossa sobrevivência -, mas, porque foi criada pelo mesmo Deus que nos criou e nos incumbiu de amar e preservá-la. Não ousemos menosprezar o que Deus criou. A nossa humanidade é também demonstrada na forma como lidamos com a Criação. O valor de toda a realidade é-nos comunicado pelo Deus Criador, o nosso majestoso Senhor


1 - Vejam-se:Platão, Teeteto, 155d: In: Teeteto-Crátilo, 2. ed. Belém: Universidade Federal do Pará, 1988, p. 20; Aristóteles, Metafísica, São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, Vol. IV), 1973, I.2. p. 214.
2 - Doxografia, 1-4.
3 - Cf. Derek Kidner, Salmos 1-72: introdução e comentário, (Sl 8.5-6), p. 84. Do mesmo modo: Simon Kistemaker, Hebreus, São Paulo: Cultura Cristã, 2003, (Hb 2.7-8), p. 94-95; Henry M. Morris, Amostra de Salmos, Miami: Editora Vida, 1986, p. 22-23 e Betty Bacon, Estudos na Bíblia Hebraica, São Paulo: Vida Nova, 1991, p. 105. Veja-se: W.S. Plumer, Psalms, Carlisle, Pennsylvania: The Banner of Truth Trust, © 1867, 1975 (Reprinted), (Sl 8), p. 126-127.
4 - Veja-se, entre outros: Victor P. Hamilton, Ma'at: In: R. Laird Harris, et. al., eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento,São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 862-863.
5 - Francis A. Schaeffer, Poluição e a Morte do Homem,São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 12.

Estudo elaborado por: Hermisten Maia

domingo, 7 de abril de 2013

SEMEAR E COLHER EM TEMPOS DE CRISE…



COLHENDO MUITO EM TEMPOS DE CRISE. GN 26:1-35
 

O texto lido começa falando de crise, a crise da fome, produzida pela falta de alimentos e problemas naturais.Todos nós passamos por crises em nossas vidas, elas acontecem em vários níveis e diferentes áreas. Na saúde, na família, no profissional, no emocional, nos relacionamentos, na política, na ciência, na vida financeira, e outras. A fome pode ser resultado de vários fatores, como a falta de uma boa distribuição de renda, falta boa administração, preguiça, e outros. Mais quando falamos de uma crise de fome generalizada principalmente na e no contexto da família de Isaque a crise da fome quase sempre estava relacionada a problemas com o campo, a velha roça era à base da economia do mundo.Tem época de crise que nem mesmo os melhores fazendeiros e agricultores com toda a sua experiência e tecnologia não podem produzir o trigo esperado. No entanto, Isaque supreende a sua geração produzindo em abundancia em uma época em que a meteorologia” só previa o caos e a miséria sobre o mundo.
Hoje temos muitas fontes de riquezas, mais sabe, se tivermos problemas no campo, falta de chuva e outras circunstancias ligadas com a produção do campo, podemos sofrer uma crise de fome, de tal forma que e ainda que tenhamos dinheiro, se não houver produto no campo não teremos como comprar. Nos dois últimos meses no Brasil tivemos um aumento muito grande no preço do feijão, fenômeno causado pela baixa na produção por problemas relacionados ao campo clima e circunstancias da natureza. Da roça vem todas as verduras, frutas e legumes, tudo que precisamos para nossa sobrevivência, basta à falta da chuva na estação certa, que o preço sobe, o que tem dinheiro reclama do preço, e o pobre não come. Isaque como o mundo de sua época experimentou um tempo de crise, mais a sua atitude mudou a história de sua vida, e impactou a vida daqueles que o rodeavam. Quando o mundo sofre uma crise, o povo de Deus também passa por ele, estamos no mundo, compramos, vendemos, fazemos parte da nossa sociedade, mais temos uma visão de mundo diferente, e agimos de forma diferente diante da crise, isso faz diferença nesse mundo. O texto bíblico mostra que em tempos de crise, o povo de Deus não para, investe, acredita e sabe que Deus está no controle, e tem sempre uma saída para a crise do homem, isso sempre faz a diferença, foi assim com Isaque, e não será diferente em nossos dias. Isaque colheu abundantemente em um ano em que o mundo morria de fome, e qual o segredo de tanto êxito, isso é o que veremos nesse texto, que nos mostra o segredo para colher muito em tempos de crises.

EM PRIMEIRO LUGAR, PARA COLHER MUITO EM TEMPOS DE CRISES, É PRECISO SEMEAR SEGUNDO A EXTRATÉRGIA DE DEUS. (GN 26: 2,12 )
Nunca será onde eu quiser e sim onde Deus quer. Ele tem o melhor para mim, e como filho da promessa devo confiar na sua direção. O lavrador inteligente e conhecedor de sua profissão, sabe, que não se pode semear em qualquer lugar. Deus disse a Isaque fique nessa terra!
Hoje em dia muitos lavradores, com a ajuda da tecnologia, fazem estudos da terra, para saber se aquele lugar tem a fertilidade que a semente precisa para se desenvolver e crescer tornando-se uma grande colheita. Claro, na época de Isaque, não tínhamos ainda o serviço da embrapa, mais Isaque tinha uma grande vantagem, os céus estavam ao seu favor, sabia que de cima vinha à solução para um servo de Deus em tempos de crise. Certamente em um de seus momentos de oração e comunhão com Deus, veio a direção de Deus para a sua vida. Às vezes você está querendo investir em uma área quando Deus tem outra pra você. Às vezes você nem sabe o que quer da vida, o que fazer da vida, que caminho ou que carreira profissional deve seguir. Busque a Deus, isaque tinha intimidade com Deus, tinha seus momentos devocionais, de busca da orientação de Deus pra sua vida, como vemos em GN 24:63 que diz: Saíra Isaque a meditar no campo ao cair da tarde. Era um homem que tinha espaço para Deus em sua agenda diária, e dessa forma, podia ouvir a Deus e receber sua direção e as estratégias para o caminho do sucesso em sua vida.
Em um desses dias de meditação, Isaque recebe uma visita especial de Deus, que mudaria para sempre sua história e deixaria a marca da intervenção de Deus na sua geração. Diz a palavra do Senhor: Apareceu-lhe o Senhor, e disse: “Não desças ao Egito, fica na terra que eu te disser “ Gn 26:2).
 
O Egito na bíblia, tém vários significados para o povo de Deus, como por exemplo: lugar de escravidão. Na época de isaque o Egitao já era uma grande força no cenário mundial. Muitos povos ao longo da história, em seus momentos de crises, se aliançavam com o Egito, a fim de não sofrerem com a crise. Lembre-se que na época de Jacó, o mundo teve fome, José foi vendido ao Egito como escravo, mais Deus, o tornou senhor o das plantações, o senhor da terra, de tal forma que o mundo inteiro vinha a José no Egito para não morrerem de fome. O texto diz que Deus impede a isaque de descer ao Egito, e lhe mostra a terra de gerar. Isaque seguiu a direção de Deus para sua vida. Muita gente deseja crescer, prosperar, seja no comercio, na família, nos relacionamentos, na empresa e projetos de vida, no entanto nunca buscam a direção de Deus, não consultam a Deus, pra saberem se esta ou aquela é à vontade de Deus pra vida delas, e muitas vezes são consumidas pela crise, quando deveriam crescer, prosperar, e vencer a vida, se tão somente seguissem a direção de Deus. Vivemos um tempo de crises, o contexto é outro, mais a crise está a nossa volta, são tantos profissionais lutando por tão poucas vagas de emprego, a concorrência é cruel e desleal, mais creio que o Senhor tem saída pra você, e oro que ele te oriente nesse momento, e te mostre o caminho certo a seguir, a estratégia certa a executar, e que ele coloque os teu pés sobre terreno fértil, e faça produzir a cem por um como Isaque, de tal forma que você seja conhecido como vencedor, e alguém que vive o milagre de Deus, de colher muito em tempos de crises.

EM SEGUNDO LUGAR , PARA COLHER MUITO EM TEMPOS DE CRISES, É PRECISO CONTARMOS COM A BENÇÃO DE DEUS EM NOSSOS MINISTERIOS OU EMPREEDIMENTOS ( GN 26: 2,3, 12 )
 
Fica na terra que eu te disser; habita nela, e serei contigo e te abençoarei… (v:2-3). Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um, porque o Senhor o abençoava, ( v 12).
Nos momentos de crises, é comum você ver as pessoas reagindo de diferentes maneiras. Muitas reclamam da vida, muitas desistem da vida, muitos falam mal dos políticos, outros cruzam os braços, muitos se refugiam nos vícios, outros buscam as obras de ocultismos, e outros reagem de forma incrédula, não acreditando em dias melhores. Isaque prosperou, porque teve a benção de Deus no seu trabalho.È claro que ele trabalhou duro, todos nós sabemos que o trabalho do campo é difícil e cansativo. Mais sua esperança em Deus, sua comunhão com Deus, sua fé em Deus, o levava a orar trabalhando e trabalhar orando pedindo a Deus a benção sobre a semente que ele jogava na terra. Certamente ele pedia a Deus a benção da chuva, o livramento das pragas do campo, e esperando em Deus com muita expectativa, a benção da multiplicação. Muitas vezes as pessoas querem prosperar a todo custo, de qualquer forma, de qualquer jeito.
A vida não funciona sem Deus, o mundo vive como se não dependesse de Deus, mais isso é uma ilusão, é impossível. È só cair enfermo no hospital, o homem já fica desesperado, e quando é desenganado pelos médicos, nem se fala, infelizmente, muitos só conseguem reconhecer que precisam de Deus, quando são levados a um leito no hospital, e descobrem o que nós já sabemos, todos nós dependemos de Deus. Nossas conquistas pessoais são frutos do amor que ele tem por nós. Ele é quem nos dá vitória, ele é quem nos dá saúde para trabalhar, ele é que nos dá as oportunidades de trabalho. Quantas pessoas queriam ter um trabalho como o que você tem, claro não é fácil, você batalhou por isso, mais o Senhor esteve ao teu lado todo o tempo, do jardim de infância até a faculdade, do zero ao cem. È o Senhor que nos tira do nada e nos abençoa colocando-nos em lugar de honra. E se isso não aconteceu ainda em sua vida, quero orar por você, e motivá-lo a colocar sua vida nas mãos Deus, a reconhecê-lo em todos os seus caminhos e sobre todos os seus projetos de vida. Tenho certeza que a benção chegará a sua vida, a vida tocará a sua existência, e a providencia divina mudará caos, trará solução, abrirá caminhos, fará diferença em sua vida. È hora buscar ao Senhor, reconhecer sua ajuda, e entrar debaixo do manto da benção de Deus, sua vida vai mudar pra melhor, e assim como Isaque, você vai colher muito, mesmo que as pessoas falem que os dias são difíceis, você tem a chance e pode prosperar em Deus em tempo de crises.

EM TERCEIRO LUGAR, PARA COLHER MUITO EM TEMPOS DE CRISES, É PRECISO PERSEVERARARMOS DIANTE DAS ADVERSIDADES E CIRCUNSTANCIAS DA VIDA. ( GN 26:8)
O texto que lemos diz que Isaque permaneceu muito tempo naquela terra. O grande problema da maioria das pessoas no planeta, é a falta de garra, perseverança e persistência. São pessoas que vivem dentro de um ciclo de mudanças de metas e propósitos e nunca conseguem chegar alugar nenhum. È preciso permanecer na terra dos sonhos de Deus pra você, persistir num só propósito, não saia da meta, não olhe pra direita nem pra esquerda, siga em frente, você vai conseguir conquistar sua meta, vai colher o que está plantando com muita paciência e perseverança. São muitos o que começam a faculdade e não chegam à metade do curso, são muitos os que começam bem no emprego, mais com as lutas, as dificuldades de adaptação, a concorrência, as limitações pessoais, a mania de perseguição, e os problemas de relacionamentos mal administrados, os levam a fracassar.
 
Isaque perseverou, não desistiu, mesmo em meio à perseguição e oposição dos concorrentes ou adversários. Essa é uma foto do poço cavado por Isaque, símbolo de trabalho, perseverança e garra desse homem que aprendeu enfrentar as lutas, não abrir mão de seus sonhos confiar em Deus, e esperar a maturidade dos frutos. Ele teve que enfrentar oposição daqueles que tinham inveja do seu crescimento e do seu trabalho. Seus adversárias, entulharam o poço que ele havia recebido de herança do seu pai. O pastores de Isaque cavaram outros poços, e os inimigos seguiam entulhando com lixos. È assim, muitas vezes, você ta indo bem, e chega alguém pra jogar lixo no seu poço, tentam sujar o poço de sua empresa, do seu trabalho, dos seus sonhos. Tentam destruir o poço do seu casamento, dos seus relacionamentos, dos seus projetos. È o diabo tem inveja de quem persevera, e fará de tudo pra ver você desistir de beber da água viva da benção que Deus tem pra você. Mãe continue cavando, sua perseverança os fará desistir.
Isaque, cavou, cavou, cavou, até que seus inimigos desistiram de lutar contra sua perseverança. Ele sabia que à vontade de Deus para ele naquele momento era permanecer em gerar, e ele colocou o coração naquele lugar, trabalhou duro, semeou com paciência, esperou com perseverança até ver o fruto do seu árduo trabalho. Uma grande colheita, é um projeto pra que persevera, pra quem não desiste nunca, pra quem espera a chuva, pra quem sabe viver as estações, pra quem acredita no furo, pra que sabe esperar a maturidade do fruto que só pode ser produzida ao longo tempo. Se você é impaciente não poderá esperar o tempo da colheita que Deus tem pra você, a não ser que você mude coração, e aprenda a esperar em Deus, faça isso, como Isaque, e desfrute de uma grande colheita em sua vida!
VOCÊ NÃO NASCEU PRA DESISTIR, Deus tem uma história de conquistas pra você, busque-o em oração, participe de uma igreja, procure cultuar e celebrar a Deus, Leia a palavra de Deus “a Bíblia” nela você encontrará a direção de Deus pra sua vida e o rumo para suas conquistas. Você deseja colher muito, prosperar na vida, então, siga a vontade de Deus pra você, conte com a benção de Deus, e nunca desista!
 
QUERO ORAR POR VOCÊ!
 
Senhor meu Deus, tu és o mesmo que abençoou a vida de Isaque, e o fez prosperar em tempos de crises. Abençoe essa vida o pai, que lê essa oração nesse momento em Nome de Jesus. Mude sua história, abre os caminhos, dê-lhe perseverança Senhor, que essa pessoa possa vencer seus obstáculos, colher novos frutos, e realizar seus sonhos de conquistas, em nome de Jesus, Amem, e Amem!
 
Texto de Pr Afranio Medeiros